terça-feira, 29 de julho de 2008

NOTÍCIA ECONÔMICA INTERESSANTE

Dados preliminares de uma pesquisa que vem sendo realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que as cidades médias brasileiras tiveram maior crescimento populacional, entre 2000 e 2007, e também maior aumento do PIB (Produto Interno Bruno), entre 2002 e 2005, que as demais cidades brasileiras.
Os pesquisadores usaram o seguinte critério demográfico que tem sido o mais aplicado para identificar as cidades médias. Podem ser consideradas médias aquelas cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, devido às características do sistema urbano regional, municípios com população de 50 mil a 100 mil habitantes também podem desempenhar a função de cidades médias.
Um fato é que desde a década de 1970, as cidades médias têm desempenhado um papel importante na dinâmica econômica e espacial do país. Atualmente o seu fortalecimento é evidenciado pelo processo de desconcentração da produção e da população no território nacional.

A desconcentração geográfica é muito importante porque contribui para uma distribuição melhor da população e evita problemas insuportáveis que os grandes centros vêm enfrentando com caos no trânsito e nos efeitos desastrosos da poluição.
Os dados do Ipea mostram que as cidades médias cresceram além das médias nacionais, com aumento do PIB acima dos 5% ao ano e crescimento populacional em torno dos 2% ao ano. Quando uma cidade apresenta um elevado crescimento econômico, torna-se um atrativo para migrantes em busca de melhores condições de trabalho. Maior migração significa maior crescimento populacional.

Em 2006 apresentei em um Congresso na cidade de Uberlândia-MG um artigo sobre a dinâmica das cidades, que foi escrito em conjunto por mim, juntamente com a professora Ivonete de Almeida Souza e a professora Rosângela Maria Pontili, no qual identificávamos uma saída permanente de pessoas da nossa região em busca de pólos de crescimento mais atrativos. Campo Mourão permaneceu praticamente estável porque moradores da própria região vieram para cá compensando as saídas.

Tanto nosso artigo, quanto as informações do IPEA servem para alertar primeiramente as lideranças de Campo Mourão, que é passado da hora deste município chegar no mínimo a 100 mil habitantes e a solução deve ser encontrada pautada na geração de emprego e renda, crescimento econômico com distribuição de renda.

Outro alerta é para a COMCAM para que um dia se torne uma região integrada de fato, pois se nesta houvesse um planejamento regional aproveitando-se as potencialidades e vocações de cada município, com parcerias entre municípios, coisa que me parece jamais existiu , poderia se aproveitar os habitantes existentes e se trabalhar como se fosse um grande polo, atraindo população e melhorando a vida de todos.



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