sábado, 30 de agosto de 2008

EXPRESSÃO POPULAR DOS PARTIDOS NO BRASIL

Ontem, (29/08) às 17 horas estava navegando pela internet e encontrei no site da UOL resultados de pesquisas eleitorais das 26 capitais e mais outros 43 municípios de 12 estados. O endereço foi: http://noticias.uol.com.br/fernandorodrigues/pesquisas/ .Tive então a curiosidade de verificar quais os partidos que tinham mais candidatos liderando as pesquisas. Não considerei margem de erro, apenas anotei os primeiros colocados e os respectivos partidos.

Considerando primeiramente só as capitais o resultado foi o seguinte:
PT – 05 capitais (19,30%) sendo as capitais Porto Velho com 55,0%, Recife com 37,0%, Rio Branco com 56,0%, São Paulo com 41,0% e Vitória com 60,0%.
PSDB – 04 capitais (15,38%) sendo as capitais Cuiabá com 26,9%, Curitiba com 71,0%, São Luis com 47,0% e Teresina com 67%.
DEM – 03 capitais (11,54%) sendo as capitais Fortaleza com 33,0%, Palmas com 26,55% e Salvador com 27,0%.
PMDB – 03 capitais (11,54%) sendo as capitais Campo Grande com 71,5%, Goiânia com 71,9% e Porto Alegre com 23,4%.
PSB – 03 capitais (11,54%) sendo as capitais Belo Horizonte com 21,0%, Boa Vista com 48,0% e João Pessoa com 70,0%.
PP - 02 capitais (7,69%) sendo as capitais Florianópolis com 29,0% e Maceió com 83,2%.
PTB – 02 capitais (7,69%) sendo as capitais Belém com 24,0%, Manaus com 58,0%.
PCdoB - 01 capital(3,84%) Aracajú com 36,8%.
PDT – 01 capital (3,84%) sendo a capital Macapá com 28,0% .
PRB – 01 capital (3,84%) sendo a capital Rio de Janeiro com 20,0%.
PV – 01 capital (3,84%) sendo a capital Natal com 49,7%.

Considerando as capitais mais os 43 municípios apresentados no site o resultado foi o seguinte:
PT – 14 municípios (20,29%) sendo cinco capitais já citadas mais Caxias do Sul (RS) com 46,9%, Blumenau (SC) com 36,3%, Araçatuba (SP) com 35,3%, Carapicuiba (SP) com 20,7%, Mauá (SP) com 48,8%, Osasco (SP) com 37,1%, Registro (SP) com 48,0%, Santo André (SP) com 31,0% e São Carlos (SP) com 30,0%.
PSDB – 13 municípios (18,84%) sendo quatro capitais já citadas mais Contagem (MG) com 35,64%, Duque de Caxias (RJ) com 59,9%, Bauru (SP) com 42,0%, Diadema (SP) 40,0%, Franca (SP) com 59,6%, Rio Grande da Serra (SP) com 68,0%, São Bernardo do Campo (SP) com 30,0%, São José dos Campos (SP) com 42,8% e Sorocaba (SP) com 37,0%.
DEM – 08 municípios (11,59%) sendo três capitais já citadas mais Cachoeiro do Itapemirim (ES) com 60,4%, Dourados (MS) com 34,63%, Joinvile (SC) com 7,3%, Mogi das Cruzes (SP) com 42,0% e Ribeirão Preto (SP) com 54,0%.
PMDB – 08 municípios (11,59%) sendo três capitais já citadas mais Anandeua (PA) com 46,0%, Campina Grande (PB) com 49,0%, Nova Iguaçu (RJ) com 40,9%, Santos (SP) com 59,0% e Taubaté (SP) com 29,0%.
PDT – 06 municípios (8,69) sendo 01 capital já citada mais Foz do Iguaçu (PR) com 35,0%, Cascavel (PR) com 33,0%, Campinas (SP) com 63,0%, Guarujá (SP) com 40,0% e Niterói (RJ) com 45,0%.
PSB – 06 municípios (8,69%) sendo três capitais já citadas mais Rio Largo (AL) com 23,6%, São José do Rio Preto (SP) com 53,0% e São Vicente (SP) com 58,0%.
PP – 04 municípios (5,79%) sendo duas capitais já citadas mais Uberlândia (MG) com 42,0%, Londrina (PR) com 29,0%.
PTB – 04 municípios (5,79%) sendo duas capitais já citadas mais Ponta Grossa (PR) com 43,0% e São Caetano do Sul (SP) com 64,0%.
PV – 04 municípios (5,79%) sendo 01 capital já citada mais Betim (MG) com 41,1%, Guarulhos (SP) com 24,0% e Ribeirão Pires (SP) com 60,8%.
PCdoB – 01 município (1,45%) sendo o município de Aracajú com 36,8%.
PRB – 01 município (1,45%) sendo o município do Rio de Janeiro com 20,0%.

É evidente que a cada divulgação de pesquisa pode ser alterado este resultado, mas neste levantamento de 69 municípios apareceram os 11 partidos de maior expressão popular, ou seja, 1º PT (14), 2º PSDB (13), 3º DEM e PMDB (08), em 4º PDT e PSB (06), em 5º PP, PTB e PV (04) em 6º PCdoB e PRB (01) .

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

XII SEMANA DO ECONOMISTA NA FECILCAM

Entre os dias 01 a 05 de setembro de 2008, estará acontecendo na FECILCAM, a XII SEMANA DO ECONOMISTA, que é promovida pelo Departamento de Economia juntamente com o Curso de Ciências Econômicas.

Na programação, haverá palestras no Teatro municipal as 20 horas:

- dia 01/09 com o professor doutor Fábio Scatolin da UFPR com o tema "Evolução da política de APLs no Paraná: experiência dos últimos 10 anos" .

- dia 02/09 com o professor doutor Jandir Ferreira da UNIOESTE de Toledo com o tema "Desenvolvimento Regional com ênfase na Mesorregião Centro-Ocidental Paranaense"

- dia 03/09 haverá apresentação de trabalho de acadêmicos e ex-acadêmicos do Curso de Economia.

- dia 04/09 haverá gincana cultural envolvendo temas voltados à economia e arrecadação de alimentos.

A Semana do economista já é uma tradição no Curso de Ciências Econômicas e contribui tanto para ampliar os conhecimentos de professores e acadêmicos, como também propicia um maior entrelaçamento entre todos os participantes.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

BRASIL RECEBE MAIOR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO E TEM MENOR TAXA DE DESEMPREGO

O Brasil caminha firme e forte e sua economia vai se consolidando cada vez mais. Como um brasileiro que acredita neste país, dou mais ênfase as notícias positivas do que aquelas permanentes negativas da Miriam Leitão e afins.
Esta semana li duas notícias muito interessantes. A primeira é a de que o Brasil teve, entre 2006 e 2007, o maior crescimento de investimentos diretos estrangeiros entre as economias emergentes, como China, Índia e Rússia, segundo a Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), citada pelo jornal Estado de S. Paulo. Investimentos diretos são aqueles em que a empresa se instala no país, produz e gera empregos e impostos, ao contrário daquele capital financeiro que (como disse numa palestra o economista e hoje Senador Aloizio Mercadante) é capital motel "Chega de noite, não produz nada e no outro dia vai embora".
Maior investimento estrangeiro no país significa que este tem credibilidade e é atrativo e não é a toa que depois de muitos anos estamos crescendo economicamente.
A outra notícia boa é de que segundo o DIEESE A taxa de desemprego total em seis regiões metropolitanas do Brasil é a menor para o mês de julho desde 1998 chegando a 14,6%. Sinal que quando a economia cresce se gera mais empregos. Pelo cálculo do IBGE a taxa está em 8,1%.
As duas taxas indicam que o desemprego é menor nos últimos anos. A diferença de percentuais se dá pela metodologia dos dois institutos serem diferentes. O DIEESE considera o tempo em que a pessoa está procurando emprego e desconsidera algumas atividades de subemprego. Mas o que importa é a tendência, quando cai a do DIEESE, normalmente cai a do IBGE.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

ATIVIDADE ACADÊMICA E BELA ATITUDE SOCIAL

Ontem (26/08) aconteceu no Anfiteatro da FECILCAM, um evento muito importante e que serve de exemplo aos demais cursos. O curso de Administração entregou cerca de R$ 5 mil para a Casa de Apoio aos Familiares e Doentes de Câncer (R$ 2.500,00 para compra de alimentos) e ao grupo EMAÚS (R$ 1.500,00 para construção de uma cozinha) – além de materiais de construção para cada uma das instituições. A doação fez parte do projeto "Solidariedade em Ação", idealizado pelo professor Marcos Junio F. de Jesus.

No projeto do referido professor, alunos organizam e executam determinadas promoções na cidade com intuito exclusivo para doação a entidades que necessitam de apoio.

De acordo com o professor Marcos, coordenador do "Solidariedade em Ação", o intuito deste trabalho era em essência aliar a teoria à prática. "Os alunos executaram tarefas pertinentes à área administrativa: planejamento, organização e controle. Também entraram em contato com a comunidade, observando as necessidades das instituições beneficiadas", explica.
Continuo insistindo que nossos acadêmicos da FECILCAM precisam se envolver mais na sociedade e ajudar na solução dos problemas, pois isso além ser uma ótima contribuição, os torna mais sensíveis mais atenciosos no que se refere à busca de uma sociedade melhor, e quando forem executar, depois de formados suas profissões serão profissionais diferenciados.
Parabéns ao professor Marcos Junio e ao Curso de Administração.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A SERIEDADE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

No Dia 08 de agosto de 2008 escrevi uma matéria neste blog intitulada “Mitos e Comentários sobre o Bolsa Família” e na ocasião defendi o programa tanto porque acredito nele, quanto porque sou do Comitê de Fiscalização do Programa aqui em Campo Mourão.

Na ocasião rechacei aquela conversa de que com este governo não há nenhum tipo de condicionalidade, pois para receber o benefício a família tem que manter os filhos na escola e cuidar do acompanhamento de peso e vacinação. Como economista, também sustentei a tese de que este programa é multiplicador de renda na sociedade.

Hoje li pela imprensa mourãoense de que quase 500 famílias deixarão de receber o benefício, porque o sistema nacional do Cadastro Único identificou divergências e pagamentos indevidos. No Jornal Tribuna do interior, “ de acordo com o coordenador do cadastro único Bolsa Família de Campo Mourão, Ervin de Menezes, o resultado das comparações aponta situações de possíveis divergências na informação de renda das famílias. Ele cita que foram encontrados três tipos de situações: famílias do Programa Bolsa Família com algum de seus integrantes recebendo Benefício de Prestação Continuada que não informaram a renda do BPC no Cadastro. Neste caso, ao considerar a renda do BPC, a família tem renda superior a R$ 120 mensal por pessoa; famílias com algum de seus membros identificados na Relação Anual de Informações Sociais e que não declararam a renda de trabalho formal no Cadastro ou declararam uma renda menor que aquela observada na Rais; famílias que apresentaram, ao mesmo tempo, as duas situações, recebem BPC e foram identificadas na Rais e não declararam estas rendas no Cadastro Único.”

Essa situação prova mais uma vez que além dos vários pontos positivos do programa por mim já comentados na matéria de 08 de agosto neste blog, também há uma seriedade quanto ao uso adequado deste recurso para aquelas pessoas que realmente precisam.

domingo, 24 de agosto de 2008

DUAS GRANDES FORÇAS NAS OLIMPÍADAS: A ECONÔMICA E A RAÇA NEGRA

Hoje (24/08) encerrou-se mais uma olimpíada e outra vez, verificamos um desempenho fraco do Brasil que ficou apenas na 23ª posição no quadro de medalhas, com 3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze. Na última olimpíada ficamos numa posição melhor porque conquistamos 5 ouros.

Os dez países que mais conquistaram ouros foram: China 51, Estados Unidos 36, Rússia 23, Grã-Bretanha 19, Alemanha 16, Austrália 14, Coréia do Sul 13, Japão 9, Itália 8 e França 7.

Do grupo do G8 os grandes países desenvolvidos que tomam as grandes decisões do mundo, sete deles estão entre 10 primeiros no Quadro de Medalhas, ou seja, Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, Alemanha, Japão, Itália e França. Comprovando aí que a força econômica é decisiva para transformar pessoas em grandes atletas.

Dos outros três países que ficaram entre os 10 primeiros colocados em medalhas e que não estão no grupo de G8, dois deles são países emergentes, China e Coréia do Sul que estão crescendo a todo vapor embora não possam ser considerados desenvolvidos, pois têm IDH (índice de desenvolvimento humano) baixos significando que a riqueza ainda não chegou a todos no país. A justificativa para tantas medalhas, neste caso, além do investimento econômico, há a perseverança notável nos orientais e no caso da China, o regime comunista que na época da guerra fria investiu maciçamente nos esportes, para tentarem mostrar ao mundo que eram melhores que os países capitalistas. Restou então entre os 10 melhores, a Austrália, que embora não seja uma grande potência econômica em PIB, possui um dos melhores IDHs do mundo, ou seja, 0,929 e talvez o mais importante, por ter sido sede de olimpíada em 2000, teve que investir tanto em estrutura quanto nos atletas para aquele ano, propiciou a este país chegar em 2008 em 6º lugar, com 14 de ouro, 15 de prata e 17 de bronze.

A outra força dessa olimpíada foi sem dúvida a da raça negra. Sem nenhuma estrutura, vindos de países pobres, mas esbanjando raça, coragem, leveza, alegria e principalmente atitude atletas encantaram o mundo com suas atuações. Três países representando a raça, ficaram entre os 20 melhores, ou seja, Jamaica 13º lugar com 6 de ouro, 3 de prata e 2 de bronze; Quênia 15º lugar com 5 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze; e Etiópia em 18º lugar com 4 de ouro, 1 de prata e 2 de bronze.

sábado, 23 de agosto de 2008

PARABÉNS VINICIUS PURETZ

O Vinícius Puretz que faz aniversário hoje, não é estudante da FECILCAM, talvez será um dia. Ele é um pouco mais velho que meu filho e já brincaram juntos em Roncador, cidade na qual eu vivi até os 25 anos embora tenha nascido em Campo Mourão. O Vinícius foi um grande presente que recebi quando fui escolhido para ser seu padrinho de batismo.

O Vinícius Puretz que faz aniversário hoje, não é estudante da FECILCAM, mas o Projeto de sua existência começou por causa dela. Talvez ele não saiba, mas os seus pais começaram a namorar quando vinham juntos no ônibus da OEAR (Organização dos Estudantes Acadêmicos de Roncador) numa vida muito corrida, pois saiam de Roncador por volta das 18 horas e só chegavam em casa quase a uma hora do outro dia para conquistarem o diploma de ensino superior.

O Vinícius Puretz que faz aniversário hoje, não é estudante da FECILCAM, mas seus pais estudaram nela, ele o Ilizeu, atual Prefeito de Roncador se graduou em Administração e ela Diocélia se graduou em Geografia.

O Vinícius Puretz que faz aniversário hoje, não é estudante da FECILCAM, mas foi nos corredores dela que seu pai, que é meu amigo de infância e estudamos juntos do primeiro ano primário até o ensino médio, disse: meu filho precisa de um padrinho. Quando me dei conta ele estava me convidando para eu batizar seu filho.

O Vinícius Puretz que faz aniversário hoje, não é estudante da FECILCAM, mas tem um professor aqui muito orgulhoso de ter como afilhado um menino lindo, lourinho de olhos verdes (vai arrasar corações quando crescer), estudioso, inteligente, bem comportado, o filho que qualquer pai gostaria de ter.
Feliz aniversário Vinícius e que Deus ilumine os seus caminhos para que você seja um grande homem, de caráter e de sensibilidade suficiente para ajudar na construção de um mundo melhor.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

II ENIEDUC NA FECILCAM É UM EXEMPLO A SER SEGUIDO


Esta semana está acontecendo na FECILCAM o II ENIEDUC Encontro Interdisciplinar de Educação, realizado pelos cursos de licenciatura: Geografia, Letras, Matemática e Pedagogia. O encontro é um espaço de discussão e reflexão sobre o papel do educador, e um incentivo para a produção científico-acadêmico-pedagógica dos cursos envolvidos. Na abertura (foto acima) estiveram presentes mais de 800 pessoas.

Estão acontecendo palestras, mesas redondas, Mini cursos, apresentações, comunicações. É uma grande oportunidade para os cursos de licenciatura trocarem experiências e melhorarem a qualidade do ensino e principalmente incentivarem seus alunos na prática da pesquisa.
O II ENIEDUC realmente é um grande exemplo no que se refere a trabalho em conjunto. A cobertura completa do evento pode ser vista por meio das matérias: "Começa hoje o II ENIEDUC; II ENEIDUC; e Palestras, Mesa-Redonda e Comunicações" todas publicadas na página da FECILCAM e produzidas pela nossa competente Assessora de Imprensa a Jornalista Larissa Bortolli Menezes , que aliás, vem fazendo um trabalho muito bom na divulgação dos trabalhos da Instituição.
Penso que os demais cursos da Instituição deveriam seguir este exemplo e com ações interdisciplinares, contribuírem de maneira mais efetiva com a sociedade. Estamos numa região pobre e carente de empregos, de renda. É necessário contribuir para a melhora da capacidade empreendedora dos nossos empresários e estruturar melhor nossas empresas; é preciso dar um suporte às administrações públicas de toda a COMCAM; é preciso contribuir para agregação dos valores nos produtos agrícolas; é preciso cuidar do meio ambiente com coleta seletiva em todos municípios e um melhor destino para o lixo; e assim poder-se-á aproveitar vários espaços turísticos da nossa região e atrair pessoas e promover o desenvolvimento regional.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

GASTOS EM EDUCAÇÃO CRESCEM 42% EM 10 ANOS

Estudo realizado pelos pesquisadores do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Jorge Abrahão e Bruno de Carvalho sobre gastos da educação pública, revelam ampliação do gasto real nesse setor realizado pelas três esferas de governo (Federal, Estadual, Municipal) no período entre 1995 e 2005, saindo de R$ 61,4 bilhões para R$ 87 bilhões, o que demonstra um crescimento real de 42% em 10 anos.

Em 1995 foram R$ 61,4 bilhões, em 1996 subiu para R$ 62,1 bilhões, em 1997 caiu para R$ 59,8 bilhões, em 1998 subiu para R$ 68,8 bilhões, em 1999 subiu para R$ 70,0 bilhões, em 2000 subiu para R$ 71,4 bilhões, em 2001 subiu para R$ 75,3 bilhões, em 2002 subiu para R$ 78,5 bilhões, em 2003 caiu para 77,1 bilhões, em 2004 subiu para R$ 83,7 bilhões e em 2005 subiu para R$ 87,0 bilhões.

A grande notícia que pode ser relacionada com esta pesquisa, é que o governo federal pretende utilizar a descoberta de petróleo na camada pré-sal, na Bacia de Santos, como um recurso fundamental para a população e que será motivo pelo qual será transformado em melhorias na educação e condições de vida dos brasileiros.

Todas as pesquisas apontam que quanto maior o nível educacional maior a renda. Com a trajetória comprovada de aumento no investimento em educação e com o novo aporte de recursos vindos do petróleo e destinados para esta área, com certeza o Brasil tem ótimas perspectivas de crescimento e desenvolvimento econômico para as próximas décadas.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

BOA NOTÍCIA SOBRE A INFLAÇÃO NO BRASIL

Fiquei feliz com a notícia da queda de preços de alimentos e desaceleração da inflação. Penso que aqueles que são a favor do Brasil também ficarão felizes com a notícia. CLIQUE AQUI e veja a reportagem.

PROFESSOR CONCLUI FASE DE QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO

O Professor Tito Alfaro Serrano, (departamento de economia da FECILCAM) passou pela fase de qualificação do seu projeto de pesquisa para fazer sua dissertação no mestrado interinstitucional em Desenvolvimento Econômico pela UFPR.
A qualificação aconteceu no dia 15 de agosto em Curitiba e os professores da Banca foram Walter Shima, Gabriel Porcili e Fábio Scatolin.
O trabalho de dissertação do professor Tito será feito nas empresas incubadas da Fundação EDUCERE de Campo Mourão e segundo os professores da Banca deverá ser muito interessante como contribuição acadêmica referente à incubação de empresas.
O prazo final para a defesa da dissertação é março de 2009.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

FECILCAM PRESENTE NA 23ª ROMARIA DA TERRA DO PARANÁ

Por iniciativa da professora doutora Adélia Haracenko (departamento de geografia) da FECILCAM, com o objetivo de relacionar as teorias estudadas na disciplina de geografia agrária com a prática, organizou-se uma viagem técnica com destino a Querência do Norte para participação na 23ª Romaria da Terra do Paraná onde foram alunos do Curso de geografia e outros interessados sobre o tema. A professora inclusive é conhecedora academicamente falando, do tema, pois fez sua tese de doutorado discutindo a questão da posse da terra e dos movimentos sociais.

Eu fui um dos participantes da viagem e confesso que apesar de ter lido muito sobre o tema, fiquei impressionado com o que vi e com a organização do evento. Foi uma viagem muito cansativa, mas muito gratificante também. Saímos às 2 horas e trinta minutos de Campo Mourão no domingo e fomos amanhecer o dia no local do evento.

Na chegada, começamos a sentir de fato, como é a vida de um acampado. Nos serviram um gostoso pão caseiro com café e recebemos um livrinho de músicas para acompanhamento da programação. A cada ano a Romaria muda de cidade e tem um novo tema, este ano o tema foi: Rompendo as cercas da opressão, por justiça , terra e pão e já fomos convocados para participar da celebração que foi muito carregada de símbolos e mística, coisa impressionante.

Antes de entrar no assunto das apresentações quero fazer uma referência sobre a reação dos alunos ao terem que enfrentar os sanitários feitos de lona preta. Realmente alguns ficaram muito incomodados com a situação, mas é bom lembrar que a maioria dos integrantes desses movimentos de ocupação de terra, as vezes passam anos seguidos nestas condições, sem contar a roupa cheirando a fumaça dentro dos barracos, chuva, frio e barro em que são expostos.

A cerimônia mística teve um grande círculo cercado de arame farpado, em que havia um monte de terras e na seqüência começaram as apresentações e todos que estavam assistindo compuseram um círculo também. Vou retratar os pontos que mais me chamaram a atenção, pois é impossível descrever tudo. Primeiro uma mulher vestida com uma roupa marrom da cor da terra fez uma encenação muito bonita e falava como se ela própria fosse a terra e foi descrevendo toda a trajetória do uso desta, ao longo da história aqui no Brasil, desde quando apenas os indígenas aqui habitavam, passando por todo o tipo de exploração aos camponeses até chegar na monocultura cheia de agrotóxico voltada para exportação. Depois trouxeram uma cruz feita de um grande tronco de árvore e na horizontal uma trave de ferro com dois discos de arado como se fossem os dois pratos da justiça. E na seqüência aparecem algumas mulheres vestidas de preto, inclusive com véus da mesma cor e foram arrancando daquele monte de terras, camisetas manchadas de vermelho e com os nomes de várias pessoas que morreram nos confrontos com pistoleiros e a polícia. E foram pendurando na cerca de arame farpado, enquanto o locutor dizia que segundo a Pastoral da Terra no Brasil já foram assassinados mais de 1.500 trabalhadores e só no Paraná mais de 50.

Passando a parte mais triste, cortaram os arames e dentre outras coisas, várias pessoas entraram naquele espaço, portando de grandes fotografias daquelas pessoas que estavam nas camisetas e embaixo dizendo que eles ainda viviam, no sentido de que foram mártires e suas mortes não foram em vão, inclusive uma das pessoas carregando as fotos foi o companheiro Mário de Lima de Campo Mourão. Com relação aos depoimentos, vou destacar três que me pareceram mais importantes, ou seja, houve um bonito discurso de um pastor luterano representando todos os pastores que trabalham com a questão da terra, depois o Bispo de Paranavaí Dom Sérgio Aparecido Colombo fez um discurso muito firme defendendo os trabalhadores sem terra e condenando o neoliberalismo, os transgênicos e a destruição da natureza e por último e mais importante um representante do movimento sem terras de Querência do Norte, relatou toda a história das opressões, enfrentamentos e torturas que seus companheiros sofreram e usou uma frase que eu achei o máximo: Eles não vão nos intimidar, pois somos como a clara de ovo, quanto mais se bate mais ela cresce.

Havia um número muito grande de caravanas, a maioria de igrejas de todo o Paraná e também muitos estudantes. Tínhamos que ficar em grupo para não nos dispersamos. Debaixo de um sol escaldante ficamos Eu e um grupo dos nossos, o Mário, o Anderson, a Valdinez e até a companheirinha Andriele de apenas 10 anos. Acredito que pagamos vários pecados veniais nesse dia, tamanho o calor que estava. E acompanhamos toda a apresentação, sob o comando de um grupo de cantores maravilhosos e tinha um deles que comandava todo o grupo e me chamou atenção duas partes interessantes, uma delas ele fez todos levantarem os braços em direção ao sol, para contemplá-lo isso no início da manhã e por várias vezes pediu que todos se abaixassem e pegassem na terra em respeito a ela. Muito lindo, estas duas partes.

Depois da Romaria feita a pé por uma meia hora, almoçamos, e houve uma benção final feita pelo Bispo nos vários alimentos que ali estavam e que foram posteriormente divididos com que quisesse e todos receberam uma lembrancinha com uma fita vermelha e um pedaço do arame farpado, tirado daquele local da manhã. O ambiente da parte da tarde foi num centro de pesquisas do MST, coisa muito linda que todos precisavam conhecer e na entrada uma imagem muito interessante, quatro bandeiras, a do Brasil, do Paraná, do MST e do Ernesto Che Guevara em que foi batizado o Centro.

Para encerrar quero dar meus parabéns a atitude da professora Adélia e dizer que seria interessante outros professores e alunos e sociedade em geral participarem de um evento destes, pois muitas vezes se critica aquilo que se não conhece.

sábado, 16 de agosto de 2008

MAIS UMA DOUTORANDA NA FECILCAM

Hoje (16/08) numa reunião na FECILCAM tive a grata satisfação de saber que a professora mestre Yeda Maria P. Pavão do departamento de administração é mais uma Doutoranda. Na sociedade brasileira vários bacharéis por tradição ou mesmo por auto intitulação são chamados de doutores, mas nós professores com bacharelado ou licenciatura, aqui no Brasil, temos que estudar 04 anos e fazer uma tese para receber o título.
A professora enfrentou uma dura batalha para obter a vaga. Ela foi aceita no Doutorado em Administração e Turismo da UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí - SC, depois de fazer a prova da ANPAD - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração e defender projeto de doutorado para uma Banca de professores ficando em 2º lugar. Segundo ela, iniciou as aulas em 28/07/2008 e o seu professor orientador é Carlos Rosseto.
A professora Yeda é uma grande colega de trabalho e tem como característica sempre a busca por melhorar. Nós assumimos como professores da FECILCAM na mesma época. Ela talvez não lembre, mas eu tenho algumas lembranças: Eu a conheci na Sala de Espera de um Consultório médico para fazer os exames exigidos pelo Estado; Quando eu fiz o meu curso de Especialização em Comércio Exterior ela representava a FECILCAM como Coordenadora e foi uma grande incentivadora para eu fazer o Curso. Além disso, fomos colegas na fase dos créditos do Mestrado Interistitucional em Administração.
Fico muito feliz por ela e pela FECILCAM, pois quanto mais professores tivermos estudando e buscando qualificação, melhor para os nossos acadêmicos e mais rápido seremos universidade.
Parabéns e sucesso professora Yeda.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

FECILCAM E UNIVERSIDADE SEM FRONTEIRAS EM CORUMBATAÍ DO SUL

Esta semana saiu uma reportagem sobre os resultados positivos de mais um projeto executado pela FECILCAM dentro do projeto da SETI Universidade Sem Fronteiras. Trata-se do Projeto intitulado: O associativismo como alternativa de Desenvolvimento na dinâmica das Economias Contemporâneas – Diversificação da Agricultura, realizado no município de Corumbataí do Sul por professores, alunos e profissionais recém formados da Instituição.

O projeto é desenvolvido, desde o ano passado, na Associação de Produtores de Corumbataí do Sul – Pr (Aprocor), onde professores, estudantes e egressos orientam os produtores nas questões técnicas – sob responsabilidade das Engenheiras Agrônomas Maria Helena da Cruz e Susan Zimmermann Bognar, além de assessorá-los nos aspectos administrativo-financeiros – trabalho feito pelos alunos de Economia Jeferson Ferreira Rocha e Jonathan Maicon Ortiz, que controlam o estoque, efetuam romaneios de recebimento e embarque de produtos, contas a pagar e a receber, rotinas administrativas diversas, entre outros.

Segundo o coordenador do projeto o professor mestre João Carlos Leonello lotado no departamento de economia da FECILCAM , houve o fortalecimento na cultura do Maracujá e incentivo à diversificação de outras culturas no município. Também, é visível a melhoria na qualificação dos funcionários e dirigentes na questão administrativa da Aprocor. Os produtores por sua vez afirmam que o trabalho está mais organizado, além de bem supervisionado. "Hoje, temos assistência técnica na propriedade, antigamente, era raro recebermos visitas de engenheiras agrônomas, porque os técnicos da Emater e da Prefeitura não conseguiam visitar todos os produtores do município" afirma o agricultor, Lauro Alberto da Silva.

Eu acredito que é só dessa forma, parceria entre a universidade e a comunidade que se pode mudar a realidade dos municípios com baixo IDH. Com certeza a realidade do município de Corumbataí do Sul vai mudar, mas é fundamental que ações como estas sejam executadas com maior intensidade em toda a COMCAM e de preferência com orientação regional para alavancar o desenvolvimento econômico em que a renda seja melhor distribuída e as pessoas vivam melhor.

MAIS UMA BOA NOTÍCIA SOBRE A FECILCAM

A FECILCAM caminha a passos largos provando que já deveria ser universidade de fato, pois tem um destaque atrás do outro. O último foi sobre o livro "Ensinar e Aprender Língua Estrangeira nas Diferentes Idades: Reflexões para Professores e Formadores", recentemente lançado pela professora Dra. Edcleia Basso Didyk do Departamento de Letras da FECILCAM, produzido em parceria com a professora Cláudia Hilsdorf Rocha da Unicamp, foi indicado pela Revista Nova Escola da Editora Abril.

A obra foi uma das indicações de leitura do artigo "Além da Gramática", que discorre a respeito do ensino das línguas estrangeiras. O conteúdo na integra pode ser encontrado na Edição 214, julho de 2008, da Revista Nova Escola.

O conteúdo da obra também nos traz a reflexão sobre o estudo do inglês permanente para todos os estudantes de qualquer idade. Não é uma questão de submissão, mas esta língua é universal e contribui muito para a compreensão de obras de qualquer nacionalidade que são passadas para o inglês com o objetivo de torná-las mais acessíveis em todo o mundo. Outro ponto fundamental é que esta língua permite tanto a facilidade de conhecer outros países, quanto ao próprio intercâmbio acadêmico que muitos estudantes podem participar desde que tenham este conhecimento.
O problema do aprendizado desta língua, é o trauma que muitas pessoas possuem, mas tenho certeza que esta obra contribuirá em muito para que se veja a língua inglesa de outra forma. Parabéns à professora Edcleia por mais esta conquista.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

DIÁLOGO COM INTERNAUTA: Nº 01

Internauta Ivonete de Almeida Souza diz: Prezado Sérgio, quando você compara a China com o Brasil no que diz respeito ao crescimento econômico dizendo que ela vem passando o que nós já passamos há 50 anos atrás eu gostaria de fazer uma colocação e se possível ouvir seu comentário a respeito: A China é um país milenar, portanto com condição, em todos os aspectos, diferente do nosso País, isso não a coloca em situação privilegiada? Prezada Internauta Ivonete, primeiro quero agradecer a mais uma participação sua neste Blog. Somente com a participação dos internautas é que terá sentido o meu trabalho. Segundo o grande educador Paulo Freire, não existem saberes melhores e sim saberes diferentes, portanto, todas as pessoas independente do grau de instrução, tem saberes a compartilhar. No seu caso, por ser professora universitária e doutoranda em geografia, penso que sua pergunta é pertinente.

Respondendo a sua indagação e a possível vantagem que a China possui por ser milenar, penso que é necessário aqui fazer uma observação no que se refere à cultura desse país e o que esta contribuiu para o avanço dessa nação na nossa era. É evidente que a China por ser milenar sempre foi grande e conquistou muito espaço, as pesquisas apontam que ela inventou a bússola, a pólvora, o papel, uma forma de impressão, o ábaco, o correio e até o dinheiro na forma moeda e papel. É rica em tradições e é sabido que o povo oriental é rico em persistência naquilo que acredita, e com aquela imensa população cresce a passos largos também como potência econômica mundial na atualidade, mas somente porque aceitou parte das regras do sistema capitalista.

Crescimento econômico é diferente de desenvolvimento econômico. Este segundo é o primeiro acrescido da melhoria em todos os aspectos da grande parcela de uma população. Apenas crescer por crescer pode não ser o ideal. Eu sonho com um desenvolvimento do Brasil, mas quero um que seja diferente da forma como a China está fazendo. Para contribuir com minha argumentação vou exemplificar o desenvolvimento dos três países mais desenvolvidos que temos na atualidade.

As grandes potências da atualidade Estados Unidos da América, Japão e Alemanha se enveredaram no sistema capitalista para crescer. E há diferenças nestes três desenvolvimentos.Os Estados Unidos da América com apenas 232 anos de independência, é o mais liberal e sempre seguiu a cartilha de Adam Smith da “Riqueza das Nações” que prima pelo aumento constante da produtividade e do maior espaço do comércio internacional. Não se pode negar o empreendedorismo e o nacionalismo (todo filme norte-americano aparece sua bandeira ) deste país, mas não se pode negar que ele também é produtor de guerras para obter o que quer e não tem escrúpulos para impedir qualquer país que ameace sua hegemonia e não respeita o meio ambiente (vide tratado de Kyoto). O Japão se fechou depois da segunda guerra mundial, investiu maciçamente em educação, sem perder suas tradições e ingressou no mercado mundial, mas tem sérias limitações de espaço. A Alemanha também foi reconstruída depois da guerra e investiu muito em educação e primou pela social-democracia, num capitalismo menos desigual.

Brasil e China são países emergentes. O Brasil tem um PIB bem menor no momento que a China, mas voltou a crescer depois de muito tempo e de forma sustentada agora. O Brasil tem um IDH melhor que o da China demonstrando que na distribuição do país a vida da maioria da população é melhor. Aumentando a renda como está e distribuindo melhor, a tendência é que melhore o IDH ainda mais. Quando eu comecei a fazer o curso de economia se dizia que todo progresso gera destruição, atualmente a regra é produzir sem o menor impacto possível no meio-ambiente. Penso que o Brasil poderá ser uma grande potência de forma equilibrada.

A China está tendo um crescimento econômico extraordinário, mas o Brasil, também teve crescimento assim na época do chamado milagre econômico (embora com concentração) e foi um dos maiores do mundo. Saímos de uma população de maioria rural e nos tornamos um país urbano. Desenvolvemos nosso parque industrial, elevamos o nível educacional da grande maioria da população, mas não desenvolvemos por causa da concentração de renda, temos uma das piores distribuições de renda do mundo, mas atualmente estamos revertendo esse processo. No nosso país existe democracia, existe preocupação com o meio ambiente com uma legislação das melhores do mundo, existe liberdade de expressão e qualquer pessoa de qualquer nacionalidade do mundo convive aqui com tranqüilidade. Acabei de ler um fato desagradável na China em que um repórter estrangeiro apanhou e foi preso porque estava filmando um protesto e já é o segundo caso e poucos dias de olimpíada.

Seremos sem dúvida, um exemplo de desenvolvimento sustentável, porque temos a Amazônia, seremos o maior produtor do mundo de bio-combustível, somos auto-suficientes em petróleo, seremos a maior potência na produção de alimentos e estamos nos desenvolvendo em todas as áreas, principalmente na pesquisa universitária, que no momento em que for aplicada de maneira adequada na sociedade, em parcerias com empresários sérios e criativos que no Brasil existem muitos, será uma revolução. Aliás, duvido que exista no mundo um povo e um empresariado mais criativo que o nosso.

Sou totalmente favorável à educação para todos, mas uma educação plural, respeitando a rica diversidade deste país, onde cada Estado tem suas características tão singulares. A cultura de cada brasileiro a meu ver é uma fonte econômica e social extraordinária. É preciso também diminuir a corrupção que é grande e é bom lembrar: cortar fila, subornar guarda e não devolver troco errado também é corrupção. Os nossos representantes políticos não são extra-terrestres saíram do nosso meio, o escritor João Ubaldo disse certa vez que o problema do Brasil é a matéria-prima (o povo com seus vícios). Mas fundamentalmente penso que a dívida social para com boa parte dos brasileiros tem que ser paga e isso inclui educação máxima, mas também direito ao mínimo necessário para sobreviver e isto está acontecendo. Betinho dizia que às vezes antes de aprender a pescar, a pessoa tem de ter comida e força para segurar a vara. Temos hoje uma população que estava à margem da vida econômica e que hoje tem mais dignidade e participa de maneira ativa do processo de riqueza do país.

A China por sua vez, só está crescendo, porque ingressou no sistema capitalista, porém sem o menor respeito com o meio ambiente. Basta ver o dilema das pessoas nos Jogos Olímpicos, o Brasil apesar da poluição que tem não chega aos “pés” da China nesse quesito. Outro aspecto é que na China existe ainda uma população muito grande na zona rural. As condições de trabalho tanto na zona rural quanto na zona urbana são degradantes para boa parte da população e a renda da maioria dos trabalhadores é muito baixa. Há repressão de toda a espécie e para nós brasileiros que nos livramos da ditadura militar isso é inconcebível. O trato com a mulher naquele país é algo sem comentários. A falta de liberdade política também.

Eu sou um economista de esquerda. Penso que o sistema capitalista da forma como é gerido na maioria dos países e principalmente na China é um absurdo. Acredito numa economia em que haja distribuição de renda decente, com liberdade de imprensa, democracia, respeito ao meio ambiente e que se possa ter avanços nas Instituições para uma sociedade desenvolvida e justa. Isso parece ser utopia de Thomas Morus, mas eu acredito nisso. Para isso estudei economia e é essa minha luta.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

13 DE AGOSTO DIA DO ECONOMISTA

Hoje é um dia especial para mim. Estou comemorando duas coisas importantes, ou seja, o dia nacional do economista e também meus 14 anos de formatura em ciências econômicas pela FECILCAM.

Eu gosto muito da definição sobre o economista segundo Pedro José Mansur: “Ele tem capacidade de colocar a serviço da comunidade moderna um conjunto de conhecimentos científicos, acumulados e sistematizados ao longo de toda a história, tanto política, quanto sócio-econômica. Portanto, economista não é somente aquele que faz orçamentos, planejamentos, análises de investimentos, etc. Mas é aquele profissional, que além de exercer todas estas funções, é capaz de pensá-las dentro de um quadro geral de todo o processo de distribuição e produção da sociedade. Por isso o economista é um Profissional especial, que se distingue dos outros que utilizem técnicas similares. Ele encaixa a reflexão (e conseqüente prática) de cada problema ligado a estes já especificados, distribuição e produção, a um quadro mais amplo, quer dizer, dentro do Sistema Econômico”.

A minha formatura aconteceu no dia 13 de agosto de 1994 na Casa da Cultura de Campo Mourão. Eu lembro com carinho meus colegas de turma: Aparecida M. de Souza, Auriene Pinho, Carlos R. Rosa, Cirlene Favaro, Cláudia R. do Nascimento, Dílson B. da Silva, Dirceu Rodrigues, Eliana A. Schffer, Genério V. Pereira, Ivania C. Beleti, Ivone Dziubate, João E. de Araújo, Laércio Zarske, Lucio S. Janguas, Márcia Huhryn, Maria de F. Lopes, Mário G. Filho, Mário S. Ferreira, Marlei S. Kehl, Mônica P. de Brito, Neide Leal, Risomar G. de Oliveira, Sonia F. da Silva, Vanda M. Tonhato, Vlamir C. Machado.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

ENTREVISTA COM IMPRENSA IMPARCIAL É MUITO DIFÍCIL

É imprescindível que todos assistam essa entrevista que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu para a BBC. É em inglês mas tem legenda. clique aqui .

CONVERSAS COTIDIANAS SOBRE ECONOMIA Nº 02

Em continuidade às reproduções de conversas sobre economia que tenho participado, escrevo matéria sobre uma produtiva conversa ocorrida ontem (11/08) iniciada na cozinha da FECILCAM e concluída no departamento de economia. Estávamos em três professores que além de sermos colegas de trabalho, atualmente temos uma grande afinidade porque também fazemos mestrado juntos. O detalhe importante desses três professores está na diversidade de idade, posição ideológica e na experiência profissional.

O Mário Filizzola tem 31 anos, é um economista de direita e além do magistério, trabalhou muito em projetos arquitetônicos (veio de família de arquitetos) e atualmente também trabalha na mesa financeira da maior cooperativa agrícola da América Latina – COAMO, é um dos maiores estudiosos que eu conheço e foi meu aluno.

Eu, Sérgio L. Maybuk, tenho 40 anos, sou um economista de esquerda e além do magistério, trabalhei 7 anos na COAMO, e trabalho com pesquisas econômicas e projetos de geração de emprego e renda.

O Paulo R. S. Borges, tem 55 anos (espírito de 20) me parece ser um economista de centro, e tem muito o que ensinar, além do magistério, trabalhou 18 anos na COAMO, trabalha esporadicamente, em projetos de planos diretores dos municípios e atua como consultor e palestrante de economia e o mais importante foi professor meu e do Mário.

O interessante da nossa conversa foi que embora tenhamos linhas ideológicas diferentes, percebemos que estamos muito otimistas sobre o momento extraordinário em que o Brasil vive economicamente e que sem dúvida deverá ser uma das maiores potências econômicas no futuro.

O Mário como um bom monetarista considera que o governo federal acertou e têm conduzido de maneira correta a política monetária e que o Banco Central com sua política de elevar os juros , embora impopular,foi fundamental para o controle da inflação e defende ainda que o processo de crescimento econômico e melhor distribuição de renda que o Brasil está produzindo é fruto da estabilidade monetária. E que cabe ao Ministério da Fazenda distribuir recursos para melhorar mais a educação e a qualificação das pessoas e não tem dúvida que haverá o crescimento econômico sustentável.

O Paulo por sua vez elogiou a sensibilidade do Presidente LULA que é considerado por muitos como analfabeto, mas que soube ser firme na política monetária, e hoje o presidente é respeitado em todos os países que visita. Disse também, que outro dia leu uma pesquisa da UOL em que mais de 70% do público desejava que o governo tivesse outros instrumentos de combate à inflação e não somente o da elevação da taxa de juros. Destacou também, que leu matéria indicando que o Brasil além da estabilidade monetária e o crescimento econômico atual, tem um futuro promissor com relação ao petróleo, pois com as novas descobertas o Brasil terá brevemente produção igual ou maior que a Venezuela. E para finalizar afirmou que dentre as medidas acertadas do Governo federal, acredita que no momento em que o PAC for consolidado o Brasil resolverá vários problemas de infra-estrutura que constituem-se em gargalos que atrapalham um crescimento econômico maior.

De minha parte, afirmei que o Brasil é muito melhor que a China, pois esse crescimento que ela está tendo agora, nós já tivemos nos últimos 50 anos. O nosso país cresce de forma sustentada e não há como voltar atrás, considerando o petróleo, a produção de alimentos, a nossa grande população consumidora que agora é muito maior em virtude do aumento real do salário mínimo, do aumento do pequeno crédito e dos programas sociais principalmente o bolsa família que no seu efeito multiplicador, acaba fazendo com que haja mais postos de trabalho. Temos aqui democracia e liberdade de imprensa, temos a preocupação com o meio ambiente e estamos inaugurando uma fase interessante.

No passado, (década de 70) na época dos militares, crescemos muito, mas não tínhamos democracia; depois (décadas de 80 e 90) quando nos livramos do período mais triste da história em termos de repressão quando alcançamos a democracia, não conseguimos crescer. E hoje finalmente, temos democracia (qualquer “Zé Mané” preconceituoso, por ignorância, falta do que fazer, ou por inveja pode fazer piadas sobre o Presidente da República e não sofre qualquer tipo de punição) e ao mesmo tempo observamos que temos crescimento econômico sustentável, mesmo que a Jornalista Mirian Leitão insistentemente faça força para dizer o contrário.

Estou muito orgulhoso do departamento de economia da FECILCAM, principalmente depois do Mestrado que estamos fazendo, pois este está propiciando conversas e debates de alto nível. Vamos ver quem será destaque na matéria: conversas cotidianas sobre economia nº 03.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

DESLIGAMENTOS VOLUNTÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA

Uma notícia muito boa foi divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social, indicando que mais de 60 mil famílias pediram o desligamento de forma voluntária do Bolsa Família. A avaliação do Ministério é de que as pessoas não estão se acomodando. A metade dos casos ocorreu nas regiões Sul e Sudeste.
O resultado segundo os analistas é de que aumentou o grau de civilidade dessa população; também há o maior controle pelo governo por meio da unificação dos programas em que pode-se identificar com mais facilidade as falhas e os pagamentos indevidos; e também que estão surgindo portas de saída, tanto pelos trabalhos de qualificação excecutados pelo governo, quanto ao próprio crescimento econômico que faz surgir novos empregos.
Notícias como essas ajudam a esclarecer muitos comentários sem consistência que surgem por aí, como já retratei em matéria recente sobre o Bolsa Família.

sábado, 9 de agosto de 2008

MEU PAI

Meus caros leitores, peço licença para dizer que amanhã será o dia dos pais, além de ir para Roncador ver o meu, quero dizer que ele não é economista, não é assistente social, não estudou quatro anos de comércio exterior, mas como simples caminhoneiro trabalhou duro para que os seus três filhos estudassem e tivessem as formações acima citadas. Além disso, é filho de pioneiros de Roncador. O primeiro comércio da referida cidade foi de um senhor com o Sobrenome Maybuk.
Parabéns a todos os pais, parabéns a mim que também sou, e parabéns especialmente ao meu pai que é um grande homem, o senhor Julio Maybuk.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

MITOS E COMENTÁRIOS SOBRE O BOLSA FAMÍLIA

Desde 2005, sou representante da FECILCAM no Comitê de Fiscalização do Bolsa Família de Campo Mourão e meu suplente é o professor Paulo R. S. Borges, além de nós fazem parte também as seguintes pessoas: Ervin de Menezes (Presidente) Nelci F S Bacelar, Luzia Cordeiro Mariano, Adriana L P da Silva, Maria Lucia B da Silva, Tânia Maria S Backschat , Gracislaine Aline Silva, Andréia Rejane Vinch, Heliane C. Pereira, Silvane Bottega, - Pedro Aparecido Rocha, Titina de O Espindola, - Ana Claudia P Justino, - Edson Calado, Maria Ap. C Pereira, Silmeire F Balabuch, Ivone M. Fiore, Rubens C dos Santos, - M Sezineide C. Melo, Marli Batista da Silva, Laudicéia C José, Antonia das Neves, José Luis da Silva, Carla M T Braga, Edna Marta Pelosi, - Richard L. Dickerson, Vanessa C Pereira .
O grupo por lei, tem representantes do poder público municipal e da sociedade civil, incluindo alguns beneficiários do programa. Somos um grupo comprometido com a legalidade, não recebemos remuneração e alguns de nós, são obrigados a ouvir uma série de coisas, uma parte fruto de pessoas desinformadas e outra de pessoas mal intencionadas.

Eu mesmo já ouvi até por alguns políticos, de que depois da unificação de todas as bolsas anteriores para a chamada bolsa família, não há mais exigência de condicionalidades, como se fosse uma distribuição de recursos do tipo “quem quer dinheiro do Silvio Santos”. Quem tem dúvida informe-se com a secretaria da saúde que é obrigada a acompanhar as pesagens das crianças, a vacinação e procure a secretaria de educação que é obrigada a acompanhar a freqüência escolar. Caso não se cumpram estes dois requisitos, por meio dos relatórios enviados ao Ministério do Desenvolvimento Social, há a suspensão do pagamento, até que os pais cumpram suas obrigações. Outra bobagem que se ouve por aí é que: “se o pagamento é feito por filho, quanto mais filho a família tiver mais se ganha”. Os que ainda pensam dessa forma, procurem a Ação Social e verão que existe limite máximo de crianças e limite de idade para pagamento.

Outra informação necessária é de que quando a renda aumenta acima do limite máximo a bolsa é cortada automaticamente. Portanto, as informações no cadastro do beneficiário têm que ser verídicas. Se há mentira constitui-se falsidade ideológica e isso é crime. Por falar em crime, nosso Comitê já analisou várias denúncias. Já identificamos vários casos de recebimento indevidos e tem casos que podem parar na Polícia Federal. Mas também há denuncias infundadas. Certa vez denunciaram que uma mulher tinha comprado uma máquina de lavar roupas com o dinheiro do Bolsa. Após verificação descobriu-se que a tal mulher cuidava de uma pessoa com necessidades especiais já adulta, de um caso raro que precisava de cuidados 24 horas por dia. E alguém queria se cortasse o benefício da “criminosa”.

É importante ressaltar que o Bolsa Família não é aposentadoria e que muitos beneficiários pedem o seu desligamento voluntariamente. Também há constantes projetos financiados pelo governo federal (com repasse mensais, só em Campo Mourão mais de R$10.000,00 ) junto ao beneficiários como forma de porta de saída. São programas de qualificação em várias áreas e tem surtido efeitos muito bons. Eu falo com conhecimento de causa, pois já coordenei trabalhos juntamente com meus parceiros Adalberto D.Souza e João Marcos Avelar em outros municípios. Em Campo Mourão não coordenei, mas são executados vários projetos é só se informar junto à Ação Social. Além disso, tenho duas assistentes sociais na minha família (Rose Mari Maybuk – irmã) e (Ivone Michalski - tia) que nos municípios onde atuam também desenvolvem projetos relevantes na área.

Muitas pessoas, dizem que ninguém vai deixar o programa para poder viver “nas costas” do governo. E aí eu pergunto se o beneficiário recebe R$100,00 de Bolsa e lhe é oferecido um emprego de R$ 500,00 ele não vai aceitar? Só não estiver bem da cabeça. É claro que há as exceções dos “parasitas” “laranjas podres”, mas isto tem em todas as classes de pessoas.

Alguns criticam este pagamento porque provavelmente não tem noção do impacto do programa. Uma representante do nosso comitê testemunhou que depois desse programa, a auto-estima das pessoas beneficiadas aumentou e com esse mínimo de ajuda que recebem, estão mais esperançosas e participam mais dos cursos de qualificação.

Como economista, tenho certeza que este programa não é gasto e sim investimento. Inclusive a ONU já afirmou que está ocorrendo uma revolução silenciosa no Brasil por meio dele.Como professor de formação econômica do Brasil eu sei que estas pessoas são fruto de um sistema perverso de concentração de renda que vem desde as Capitanias Hereditárias. Durante mais de 300 anos essa população mais pobre foi crescendo a esmo, sem educação e sem renda e esta dívida social deve ser resgatada.

Como professor de economia do setor público que já fui, eu sei, que sai muito mais barato e mais produtivo, investir em educação dessas crianças, agora, do que gastar com problemas de delinqüência que parte delas podem ter no futuro. Além disso, como professor de economia política que sou, eu sei que a intervenção governamental é necessária para corrigir distorções econômicas. Ainda como conhecedor do chamado multiplicador Keynesiano eu sei que este programa proporciona impacto na economia. Aliás o próprio Estados Unidos, no ano passado liberou U$800,00 para uma quantidade de americanos sem nenhuma contrapartida, somente para gastar no comérico e para aquecer a economia que estava entrando em recessão, mas como lá é primeiro mundo PODE aqui não PODE.

Eu já ouvi inclusive que quem recebe bolsa família não deveria votar, isso é o cúmulo da discriminação, se isso acontecesse, todas as pessoas que recebem alguma forma de subvenção do governo, professores, comerciantes, agricultores, funcionários públicos, e até políticos também não deveriam votar. Imaginem vocês, por causa de receber um mísero valor e ter resgatado um pouquinho de dignidade lhe fosse arrancado o direito sagrado do voto, seria um crime contra estas pessoas, inclusive por se tratar de um país que ainda impera as falcatruas envolvendo pessoas de todas as classes sociais.

Eu já orientei trabalho de monografia e se descobriu que tem municípios no Brasil em que o repasse do bolsa família é maior que o fundo de participação do município. Além disso, como as pessoas não comem dinheiro, para se atender a todos os beneficiários do Bolsa família tem que se produzir e vender estes produtos que eles consomem. O governo recebe de volta em impostos se não tudo, boa parte daquilo que investiu na população mais pobre, além de ter contribuído para um Brasil melhor.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

CONVERSAS COTIDIANAS SOBRE ECONOMIA Nº 01

Estou iniciando por meio desta matéria, uma série de reproduções de conversas sobre economia que pretendo fazer daqui para frente e que vou publicar sempre que considerar oportuno.

Antes de ser economista e professor universitário, sou uma pessoa carente de boas conversas, e para este Blog em específico que sejam relacionadas a economia. Infelizmente estamos rodeados de faustões, gugus, lucianas gimenez, big brothers e quase não temos o privilégio, por falta de tempo ou mesmo de prioridades para uma boa conversa.

Três coisas eu observo nos homens e mulheres e que considero importantíssimas, que são: aperto de mão firme, olhar nos olhos do outro quando se dirige a este, e fundamentalmente que tenha um boa conversa.

Ontem (06/08) de manhã, depois de muito tempo, encontrei em frente ao mercadão municipal, uma pessoa que tem os três quesitos acima que é o Odinir Daniel Slompo. Quem o conhece sabe o que eu estou dizendo. Se você tiver tempo conversa com ele por horas seguidas e não enjoa, porque ele tem conteúdo. Embora não seja economista, fala de economia como tal, e agora muito mais, pois uma de suas filhas se formou, e outra faz o curso de economia na FECILCAM além de ter um genro formado em economia na nossa Instituição

Conversamos hoje sobre a grande transformação que o Brasil está passando, do aumento de renda da população, da redução da pobreza, da inserção do Brasil no mercado mundial. Eu disse a ele que vi numa reportagem do jornal estadual da globo que em Maringá tem mestre de obras ganhando até R$ 2.000,00 por mês e que estão chamando trabalhadores da construção civil de fora e dando a eles regalias para não perde-los e isso é maravilhoso. Ele por sua vez me disse que aqui em Campo Mourão a situação é parecida com relação às construções e que os imóveis estão valorizando muito. Falamos dos programas sociais que estão por aí e que embora haja sempre aqueles que não querem ver pobre receber benefícios, o resultado positivo é inegável. Foi como sempre uma conversa deliciosa.

Parece que tem dias que estamos iluminados, pois no mesmo dia, após terminar o expediente da Faculdade, tive o prazer de passar mais duas horas extremamente agradáveis, num dos estabelecimentos da rua da gastronomia, com os professores Carlinhos Aleixo, o Amauri Ceolim, o contador e estudante de economia Anderson Marcondes e a esposa dele a professora Valdinez. E por incrível que pareça, além das gargalhadas tão necessárias para nossa vida, discutimos também sobre a conjuntura econômica brasileira atual, que permite que pessoas menos favorecidas possam desfrutar de um mínimo necessário de cultura, e de bens que antes não tinham condições e também de estabelecimentos econômicos que surgem nos bairros sempre quando a economia vai bem. O Carlinhos nos esclareceu algumas coisas interessantes sobre a história mundiall que não sabíamos e cada um tentou descrever a sua maneira o Brasil atual.

Enfim, com certeza, por meio das conversas que tive com o Daniel de manhã, e com o Carlinhos, Amauri, Anderson e Valdinez à noite, com certeza terei mais subsídios para dialogar com meus alunos . Espero poder conversar e falar de outras pessoas e ter subsídios para publicar o “Conversas cotidianas sobre economia n º 02.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

PROJETO DA FECILCAM CONCLUI MAIS UMA ETAPA EM BARBOSA FERRAZ

Na última semana, a Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão FECILCAM, em parceria com a empresa Digitec Organização Empresarial, entregou os certificados de conclusão de curso de “Costura Industrial em Jeans” para 106 mulheres que residem em Barbosa Ferraz e no distrito de Bourbônia.
O curso, oferecido pela Fundação do Ensino Técnico de Londrina (FUNTEL), começou em abril e faz parte do cronograma de atividades da Coopercrochê - Cooperativa de Crocheteiras e Bordadeiras do Paraná.
A Coopercrochê está inserida no Programa Universidade Sem Fronteiras da FECILCAM, proposto pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI), do sub-programa ‘Incubadora dos Direitos Sociais’, sob a coordenação dos professores Adalberto Dias de Souza, João Marcos Borges Avelar e Sérgio Luiz Maybuk da Fecilcam.
Esta é mais uma ação que foi executada para mudar a realidade dos cooperados da COOPERCROCHÊ. Que é atualmente comandada com o auxilio de uma equipe técnica competente de professores, acadêmicos e profissionais recém formados.

NOTÍCIA MARAVILHOSA

Desde os meus tempos de grupo de jovem da Igreja Católica lá em Roncador, subsidiado pela Teologia da Libertação eu sempre me preocupei em estudar a má distribuição de renda neste país. Fiz até minha monografia de final de curso sobre o tema. Vinte anos depois, enfim, a concentração de renda está diminuindo. Embora ainda seja muito desigual.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), realizado nas principais regiões metropolitanas do País, mostrou que a taxa de pobreza caiu de 35%, em 2003, para 27,1% em 2006. Segundo o órgão, a expectativa é que o indicador feche 2008 em 24,1%.
Os responsáveis pelo estudo definem como "pobre" as pessoas com renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo (R$ 207,50). O presidente do IPEA diz que "é correto se dizer que a pobreza se diminuiu em quase um terço nos últimos cinco anos. Porque o percentual caiu de 35% e fechará o ano em 24,1%".
Enquanto a pobreza que era de 35% será 24,1% até o final do ano. Os ricos tiveram um pequeno aumento de sua fatia. Segundo o IPEA, o percentual de famílias com renda acima de 40 salários mínimos (R$ 16 mil) subiu de 0,8% (362 mil), em 2003, para 1% (476 mil), em 2006.
A queda significativa da pobreza além de dar mais dignidade a uma parcela maior da população, faz com que esta seja consumidora e aqueça a economia. Dinheiro concentrado nas mãos de ricos, as vezes ficam apenas aplicados no mundo financeiro e não vão para a produção.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

MAIS UM BELÍSSIMO TRABALHO DA FECILCAM

Ontem (04/08) tive a grata satisfação de encontrar a professora Margarida Liss e dela receber, a edição nº 01 do Jornal do Cidadão “A voz de todos”, fruto de um trabalho sério executado por integrantes do Departamento de Letras da FECILCAM intitulado “A compreensão da Práxis Escolar: uma proposta de leitura e pesquisa social, no Colégio Machado de Assis em Barbosa Ferraz. O projeto foi um dos selecionados no Programa Universidade sem Fronteiras da SETI.

O Jornal nº 01 parece ter vida, tamanha a diversidade de informações, a variedade de cores que o tornam extremamente agradável e principalmente a representatividade social nele apresentada. Segundo informações fidedignas soube que os próprios acadêmicos auxiliaram na diagramação.

Na capa uma grande foto, leve e bonita com os sorrisos estampados. Depois uma seqüência de assuntos retratados nos títulos das matérias que demonstram a profundidade dos trabalhos executados.

Com muita firmeza, na matéria chamada “Por que o jornal cidadão” a professora Margarida Liss faz uma dura crítica àquela mídia que somente é comprometida com a parcela economicamente favorecida da sociedade. Na mesma página matérias de professores do Colégio Machado de Assis, intituladas “A comunhão de propósitos e a oportunidade para uma comunidade mais desenvolvida” e outra “movimentos sociais”.

A contribuição da professora Doutora Valéria Sanches Fonseca trata do tema Universidade de Sem Fronteiras e o papel importantíssimo da Extensão Universitária e a professora Mestre Leonor de Mattos destaca os projetos que a FECILCAM executa do referido Programa da SETI. Enquanto os bolsistas Alex de N. Dancini, Aliny M. de Carvalho, Edilaine de F. Rozário, Kátia C. de Oliveira e Nayara de Oliveira fizeram uma matéria sobre a COOPERCROCHE, a qual, também é objeto de um projeto da FECILCAM.

O professor Mestre Wilson R. Moura escreveu uma linda matéria chamada Vivências e Experiências relatando o trabalho de toda a equipe. Há também matéria ecologia, a vida na biblioteca e a história do colégio, objeto da pesquisa.

O espaço do Estudante foi uma delícia de ler. Tem poesias, tem duas charges maravilhosas que dizem mais que muitas palavras. Tem matérias sobre o trabalho, a casa da cultura, o museu, o cinema educativo, as drogas, a gravidez precoce, o papel do esporte, enfim o jornal como um todo é a sociedade em movimento. É um exercício de cidadania . Fico imaginando o crescimento que terão tanto os executores do projeto quanto os seus beneficiados, com certeza todos sairão transformados.


domingo, 3 de agosto de 2008

MULHERES NA POLÍTICA

Apesar da população feminina ser praticamente a metade da população total, ainda é pequena a representação das mulheres no processo político, talvez pelo forte machismo que ainda impera, talvez porque elas não se achem capazes. O certo é que as mulheres estão alcançando postos na política que antes de não se imaginava.

O mundo já viu por onze anos Margaret Thatcher governar a Grã-Bretanha, sendo inclusive chamada de "dama de ferro"; No Brasil a maior cidade da América Latina foi governada duas vezes por mulheres, a primeira vez pela Luiza Erundina (na época PT) e a segunda Marta Suplicy (PT).
Na atualidade temos a Chefe de Governo da Alemanha Angela Merkel, no Chile Michelle Bachelet, na Argentina Cristina Kirchner, temos a toda poderosa Condoliza Rice assessora do governo Bush; e quase tivemos uma candidata a presidente do Estados Unidos a Senadora Hillary Clinton. Aliás, isso me faz lembrar uma das prazerosas conversas que tive com o economista e funcionário aposentado do Banco do Brasil, meu amigo Raimundo Bezerra da Silva, que certa vez me disse que um determinado político americano afirmou: "Quando uma mulher assumir pela primeira vez a presidência dos Estados Unidos, nunca mais um homem ocupará este cargo", na realidade, segundo o meu amigo, a intenção do político era alertar os homens para não permitirem a ascensão de uma mulher no poder.
No Brasil, dos 27 governadores apenas 3 são mulheres correspondendo a 11% e sendo 01 do PSB, 01 do PT e 01 do PSDB.
No Senado, dos 81 senadores apenas 8 são mulheres correspondendo a 10% e sendo 04 do PT, 01 do PSDB, 01 do PDT, 01 do DEM e 01 do PMDB.
Na Câmara Federal, dos 503 deputados apenas 46 são mulheres correspondendo a 9% e sendo 09 do PMDB, 08 do PT, 06 do PSB, 06 do PR, 05 do PCdoB, 03 do PP, 03 do PSDB, 03 do DEM, 01 do PSOL, 01 do PPS, 01 do PDT.
Na Assembléia Legislativa do Paraná dos 54 deputados estaduais apenas 03 são mulheres correspondendo a 4% e sendo 01 do PP, 01 do PT e 01 do PV. Temos ainda no Paraná 24 prefeitas de um total de 399 sendo 6% e na COMCAM de 25 apenas 04 são prefeitas correspondendo a 16%.
Fazendo uma brincadeirinha de economista que adora estatística, vamos dividir os partidos citados em: grupo 1 = centro-esquerda/esquerda; grupo 02 = centro; e grupo 03 = centro-direita/direita. Considerando as posições políticas e linhas ideológicas que os partidos na prática têm tomado nos últimos anos (minha visão), vamos considerar no grupo 01 PC do B, PDT, PSB, PSOL , PT e PV; no grupo 02, PMDB, PP, PPS e PR; no grupo 03, DEM e PSDB.
Utilizando essa divisão poderíamos afirmar que entre as governadoras temos 67% centro- esquerda/esquerda e 33% centro-direita/direita. Entre as senadoras 63% centro-esquerda/esquerda, 25% centro-direita/direita e 12% centro. Na câmara federal 46% centro-esquerda/esquerda, 41% centro e 13% centro-direita/direita. Na Assembléia Legislativa 67% centro-esquerda/esquerda e 33% centro.

Podemos tirar algumas conclusões, sendo a primeira delas de que a maioria das mulheres que exercem cargos considerando governadoras, senadoras, deputadas federais e as nossas deputadas estaduais, está no grupo centro-esquerda/esquerda. Considerando os percentuais 11% governadoras, 10% senadoras, 9% deputadas federais, 4% deputadas estaduais e 16% prefeitas da COMCAM, têm-se uma média de 10%. O que é muito baixo para uma população de praticamente 50% de mulheres. A região da COMCAM neste critério até que está acima da média.
É necessário toda a sociedade analisar se esta estatística pode mudar e o que fazer para mudá-la.
No Paraná já teve uma vice-governadora (Emília Belinati) e uma quase senadora (Gleisy Hoffmann), para a Presidência da República a candidata que teve o melhor desempenho foi a senadora Heloisa Helena (3º lugar) . O Presidente LULA parece que tem preferência pela Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff como candidata a sua sucessora, o futuro vai nos mostrar o desempenho das mulheres brasileiras na política.
E para finalizar esta matéria apresento a capa de revista que me inspirou a escrever este tema. clique aqui .

sábado, 2 de agosto de 2008

NÃO TEM PARA NINGUÉM: O BRASIL ESTÁ MELHOR

Para os desinformados sobre a economia brasileira; para a oposição atônita do governo federal; para os que criticam só por dor de cotovelo; para a grande criadora de "crise" Mirian Leitão; para a grande imprensa que não se conforma de ver um homem do povo na Presidência; para os que acreditam no Brasil como grande potência recomendo esta entrevista na íntegra. CLIQUE AQUI

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA FECILCAM LEVA 1º E 2º LUGARES EM CONCURSO DE MONOGRAFIA

O curso de Ciências Econômicas da FECILCAM mais uma vez foi premiado pelo CORECON – Conselho Regional de Economia – Região Paraná em Curitiba.

A FECILCAM levou o primeiro e o segundo lugares no 18º Prêmio Paraná de Economia – categoria monografia economia paranaense.

Na primeira colocação ficou a monografia intitulada “Trabalho Infantil e sua influência sobre a renda e a escolaridade da população trabalhadora do Paraná” de autoria da graduanda (na época) Edicléia Lopes Cruz Souza e que teve como orientadora a nossa professora Mestre Rosângela Maria Pontili.

Na segunda colocação ficou a monografia intitulada “O Desenvolvimento Sustentável e a Contribuição dos Recursos Naturais para o Crescimento Econômico das Mesorregiões do Paraná: Uma análise de dados de Painel” de autoria da graduanda (na época) Suelen de Gaspi e que teve como orientadora a nossa professora Doutora Janete Leige Lopes.

Uma referência especial merece a professora Rosângela Maria Pontili, pois ela como orientadora vence o prêmio pela segunda vez. A primeira foi com o graduando Ricardo Messias e agora com a Edicléia L. C. Souza.

Eu que sou uma pessoa de sorte tive o privilégio de ser banca de final de curso, tanto do Ricardo quanto da Edicléia e foi um prazer assistir a apresentação dos dois na época. Tenho o privilégio de ter também a atual professora Edicléia como colega de trabalho e colega no Grupo de Pesquisa da FECILCAM em que faço parte.

Tanto a Edicléia, quanto a Suelen além de terem sido ótimas alunas, foram pesquisadoras desde o início da graduação, participando de trabalhos de iniciação científica e participando de congressos. Eu não tenho dúvida que as duas já têm o futuro garantido.

E aí, vai um recado para todos os nossos alunos de economia e dos demais cursos também: No mundo acadêmico há um espaço enorme para quem tem interesse e oportunidades de trabalho não faltarão, pois acadêmico que leva o curso a sério desde o começo tem sucesso garantido na vida.

Com mais essa premiação tenho a certeza que tanto o nosso Curso de Ciências Econômicas quanto a FECILCAM são vistos com outros olhos pelo Conselho Regional de Economia, e com certeza serão melhores vistos pela nossa COMCAM.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL UM COMPARATIVO FHC E LULA

Por sugestão do leitor assíduo do meu blog, meu amigo Carlinhos Aleixo, escrevo essa matéria que tem os dados todos extraídos do Blog do Josias da Folha on line. É só conferir.
Os dados mostram que em 13 anos, fiscais libertam 30 mil ‘neo-escravos’. 120 anos depois do dia em que a princesa Isabel assinou o fim da escravidão, ainda há no Brasil trabalho escravo.

Os chamados escravos pós-modernos são submetidos à servidão por dívida. Um endividamento forjado pelos patrões e pelos “gatos.” que nos fundões do Brasil são os chamados “traficantes de mão-de-obra”.

Para lutar contra o problema Fernando Henrique Cardoso criou, em 1995, o Grupo de Repressão ao Trabalho Forçado. LULA , mudou de nome: Grupo Especial de Fiscalização Móvel. É muito comum os opositores deste governo, dizerem que ele muda o nome e faz a mesma coisa. Mais uma vez discurso vazio.

Em seus 13 anos de existência, o grupo realizou 680 operações. Em oito anos de FHC, 177 (média 22). Em 5 anos e meio de Lula, 503. (média 91)

Foram varejadas 1.979 fazendas. Encontraram-se dois tipos de trabalhadores: 1. 28.411 traziam a carteira de trabalho devidamente registrada; 2. 30.036 trabalhavam em regime comparável ao de escravos. Praticamente a mesma proporção entre legalizados e escravizados.

Os “neo-escravos” que foram postos em liberdade sob FHC, 5.893. Sob Lula, muito mais: 24.143, ou seja, 309% a mais.


As indenizações somam, até o momento, mais de R$ 40 milhões. De novo, mais no período de Lula (R$ 38.606.181,73) do que na era FHC (R$ 3.515.192,56), ou seja, do total nos 13 anos 96% foram no governo LULA.

Deu-se no ano passado o recorde histórico de liberações e de cobrança de indenizações. Em 2007, foram resgatados 5.999 trabalhadores. Mais do que o registrado nos oito anos de FHC. As indenizações de 2007 alcançaram à casa dos R$ 9,9 milhões. Num único ano, quase o triplo do que fora cobrado dos fazendeiros na era FHC.

É por essas e outras que muita gente morre de medo de comparar a era do Príncipe com a era do Operário.

FINANCIAMENTO HABITACIONAL, CONSTRUÇÃO CIVIL E AQUECIMENTO DA ECONOMIA

Sou professor de economia e isso me obriga a ficar antenado em notícias, reportagens, entrevistas, tanto na televisão quanto na internet. Esta última quando posso, acesso de hora em hora.
Li uma entrevista muito interessante CLIQUE AQUI sobre os financiamentos da caixa econômica federal para a habitação, que é sem dúvida, felizmente, um dos melhores instrumentos utilizados como política econômica pelo governo federal . O destaque é que a Caixa Econômica Federal liberou R$ 9,1 bilhões para financiamentos habitacionais durante os primeiros seis meses do ano de 2008. O valor é 34% superior ao montante de crédito concedido no mesmo período de 2007 – quando foram emprestados R$ 6,8 bilhões. Segundo o vice-presidente da instituição, Jorge Hereda, o dinheiro beneficiou 425.922 pessoas. Os negócios envolvem 201.956 unidades habitacionais e possibilitaram a criação de 473.645 empregos.
Existe também a expectativa de se financiar 630 mil imóveis este ano. O valor médio do imóvel financiado com recursos da caderneta de poupança gira em torno de R$ 154 mil, para famílias com renda entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Já para as famílias com renda em torno de R$ 1,9 mil, o valor médio do imóvel financiado com recursos do FGTS é de R$ 60,5 mil. Os prazos podem chegar a 30 anos, mas a média está entre 15 e 20 anos.
Para os que ganham até 5 salários mínimos existe um Fundo de Garantia, quanto menor a renda maior o subsídio não retornável e pode chegar até a R$ 14 mil. Se a casa for de R$ 25 ele recebe este valor mas o financiamento é só da diferença entre R$ 25 mil e R$ 14 mil.
Estas informações são muito interessantes e não são utopia. Outra grande vantagem é que o financiamento habitacional ativa a construção civil. Esta semana assisti uma reportagem sobre a construção civil de Londrina em que está faltando material de construção e os responsáveis de obras têm que fazer planejamento para não deixar faltar material para não atrasar as entregas de obras e a reportagem dizia que com o atual aquecimento da economia nunca se construiu tanto. E na seqüência divulgaram imagens de uma fábrica de tijolos trabalhando a todo vapor.

Percebe-se que a cadeia da construção civil é muito grande, tem uma vantagem de poder empregar pessoas com pouca qualificação; ativa o comércio de materiais de construção; ativa as indústrias fornecedoras; ativa o transporte; ativa os prestadores de serviços de toda a espécie, vendedores imobiliários, engenheiros civis, arquitetos, economistas e o principal, ajuda a dinamizar a economia como um todo, pois quando se vê alguém construindo é sinal de prosperidade. Aliás, construções novas necessitam de móveis novos. Uma casa ou apartamento novo não combina com sofá rasgado, estante torta, armário sem gaveta e outros tarecos velhos, tem que comprar coisa nova para combinar e aí, ativa-se toda essa cadeia de produtos também.