sábado, 28 de fevereiro de 2015

EU VI NO DIA 25/02/2015



EU VI NO DIA 25/02/2015

Eu vi colegas professores, funcionários e estudantes chegarem.
Viajaram de ônibus, ficaram cansados, mas não os vi desanimarem.

Eu vi os bravos líderes da APP, do alto do caminhão de som recebendo seus sindicalizados.
E nós do ensino superior por eles também sendo muito bem apresentados.

Eu vi a organização do evento preocupada com a segurança e com a manutenção da limpeza.
E os manifestantes indignados com o governo estadual, mantinham o  sorriso demonstrando grandeza.

Eu vi um manifestante com muito bom humor e penico na cabeça.
Fazia referência ao artigo da gazeta do povo, sobre o deputado covarde que de medo no camburão encheu a calça.

Eu vi admirado aquele mar de gente chegando.
Eram dois grupos separados que aos poucos foi se encontrando.

Eu vi uma professora ao microfone, com muito bom humor ironizando  alguns filhinhos e netinhos hoje “deputados”, que por traição hoje  nos causam vertigem.
Ela dizia com toda a pompa,  é Francisquinezinho, É Curi, É Maria Victória, gente eles se reproduzem .  

Eu vi em cima de uma camionete professores/artistas com violão, parodiando a música “Madalena” .
Cantavam“Beto Richa, Beta Richa, eu vou falar para os alunos, vou falar para os alunos...” ouvi-los valeu muito a pena.

Eu vi o acolhimento total dos curitibanos nos primeiros momentos de caminhada.
E dos prédios, chuva de papel picado nos deixava de alma lavada.

Eu vi no meio da caminhada do alto de um prédio, uma senhora bem velhinha, quase não mexia os braços, acenando para a multidão.
É o tipo de pessoa que pode ter o rosto com muitas rugas, como vários professores e professoras aposentados/as que lá estavam, mas que não se deixam abater e procuram  manter  o espírito em ação.

Eu vi um rapaz do alto de um prédio que causou emoção, foi muito aplaudido por todos e  mexeu com nossa cabeça.
Ele estava estático, firme, mereceu nossos aplausos, porque não recebe auxílio moradia de mais de 4 mil, não entra em camburão para votar contra nós. Ele apenas segurava um papel branco escrito em caixa alta: FORÇA.     

Eu vi uma colega do meu campus, toda eufórica dizer,  que estavam entregando rosas para uma policial e que ela já tinha mais de cinco na mão.
Vimos depois um policial, quando estávamos indo para o ônibus nos parabenizar pela nossa manifestação.

Eu vi finalmente no acampamento dos professores em frente ao Palácio do Governo, um cartaz que ao chegar a minha memória me consome.
Estava escrito assim: Se ficar o Beto pega, se correr o Beto come. Se unidos o Beto some.

FOTOS DA PASSEATA EM CURITIBA EM 25/02/15





















segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

GAZETA DO POVO APONTA QUE É QUASE IMPOSSÍVEL AS IES PÚBLICAS INICIAREM O ANO LETIVO

Matéria do jornal Gazeta do Povo aponta que é quase impossível as IES - Instituições de Ensino Superior públicas do Paraná iniciarem o ano letivo. CLIQUE AQUI para ler.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FOTOS - EDUCADORES DA UNESPAR E DA REDE BÁSICA PROTESTAM CONTRA BETO RICHA










FOTOS - EDUCADORES DA UNESPAR E DA REDE BÁSICA PROTESTAM CONTRA BETO RICHA - PARALISAÇÕES E ATOS EM VÁRIOS LOCAIS NOS DIAS 09,10,11 DE FEVEREIRO 2015.

DIA HISTÓRICO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ

Hoje 12 de fevereiro de 2015 aconteceu um dia histórico. Manifestantes professores em especial ocuparam pela segunda vez o plenário da Assembleia Legislativa do Paraná contra o Projeto que irá acabar com o fundo previdenciário dos servidores públicos do Paraná e depois de um tumulto, felizmente, sem nenhuma vítima e o governador Beto Richa, numa derrota memorável e vencida pelo povo retirou o projeto.

Para comemorar e aliviar o coração e comemorar nossa vitória eu publico um texto de Eça de Queiroz, "o Povo".

O POVO - Eça de Queiroz

Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades do coração, com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, e se lamentam em vão.

Estes homens são o Povo.

Estes homens, sob o peso do calor e do sol, transidos pelas chuvas, e pelo frio, descalços, mal nutridos, lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos.

Estes homens são o Povo, e são os que nos alimentam.

Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter o repouso do corpo e a expansão da alma, e fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.

Estes homens são o Povo, e são os que nos vestem.

Estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as doçuras consoladoras da Natureza, respirando mal, comendo pouco, sempre na véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a matéria das indústrias.

Estes homens são o Povo, e são os que nos enriquecem.


Estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas armas da Pátria e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento.

Estes homens são o Povo, e são os que nos defendem.

Estes homens formam as equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal retribuídos e desprezados.

Estes homens são o Povo, e são os que nos servem.

E o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem, que o defendem, que o servem?

Primeiro, despreza-os ao não pensar neles, não vela por eles; trata-os como se tratam os bois; deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhos dolorosos; não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades; forma-lhes em redor uma servidão que os prende e uma miséria que os esmaga; não lhes dá protecção; e, terrível coisa, não os instrui: deixa-lhes morrer a alma.

É por isso que os que tem coração e alma, e amam a Justiça, devem lutar e combater pelo Povo.

E ainda que não sejam escutados, tem na amizade dele uma consolação suprema.
 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

UNESPAR CAMPUS DE CAMPO MOURÃO APROVA GREVE

Momento histórico e desagradável, mas a Unespar Campus de Campo Mourão aprova greve por tempo indeterminado. Fui convocado por colegas de trabalho para ser da Comissão de Greve. O site Boca Santa registrou  o momento da votação. CLIQUE AQUI para ver.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

CARTA AOS DEPUTADOS ESTADUAIS - FEVEREIRO DE 2015

CARTA AOS DEPUTADOS ESTADUAIS - FEVEREIRO DE 2015

Provavelmente na próxima terça-feira a Assembleia Legislativa do Paraná irá votar um projeto que comprometerá de forma irreversível, a estrutura pública da educação paranaense e são vários os aspectos que impactarão negativamente na qualidade de ensino e na vida de professores, especialmente os que atuam na rede básica em que os problemas são infinitamente maiores. Mas há um aspecto que se destaca porque atinge todos os servidores públicos paranaenses e é sobre ele que quero tratar.

Sou um servidor público paranaense há quase 20 anos, faltam alguns meses para eu, não sei se posso afirmar isso, ainda ter o direito concedido de mais um qüinqüênio, imaginava isso desde o momento em que assinei meu termo de posse na então Faculdade Estadual de Campo Mourão, hoje Campus da mais nova universidade pública do Paraná – Unespar, que está espalhada por todos os cantos do Paraná, por ser multicampi e que tem aproximadamente 700 professores efetivos atendendo aproximadamente 13.000 alunos oriundos de mais de 150 municípios do Paraná.

Neste exato momento estou apreensivo, preocupado, mas acima de tudo imaginando o velho político José Richa, um dos maiores combatentes da ditadura militar, que fez história no sentido positivo e que talvez tenha sido, o mais admirado dos governadores pelos servidores públicos paranaenses, se vivo estivesse, como estaria se sentindo ao ver seu filho, jovem governador, enviar para a Assembléia Legislativa um projeto que extingue direitos dos servidores públicos.

Sou filho de um caminhoneiro e uma dona de casa e sempre estudei em escola pública. Vou completar 47 anos no próximo dia 22 de fevereiro e não gostaria de receber um presente de aniversário antecipado tão desagradável. Tenho um filho de 16 anos que depende da minha estabilidade e segurança financeira e acima de tudo insisto em acreditar no bom senso dos nossos legisladores.

Quando prestei concurso público para professor universitário na área de economia, o fiz porque naquele momento acreditava na seriedade do governante de plantão e no bom senso do poder legislativo da época e optei por fazer uma carreira que tinha regras claras. Vantagem por um lado, ou seja, estabilidade, qüinqüênios a cada 5 cinco anos, aposentadoria com salário integral com o direito ainda, de após cumprir o tempo de serviço mínino e a idade mínima, optar por ter outros 5% para cada ano trabalhado até completar determinado percentua e em contrapartida, serviria parte do povo paranaense durante toda minha carreira. Por outro lado, não teria o direito do fundo de garantia.

Foi uma opção que fiz e isso gerou uma expectativa de futuro perfeitamente normal, pois imaginava que JAMAIS alguém ousaria mudar a regra do jogo no meio do caminho.

Dizem que na atual Assembleia Legislativa do Paraná, não chega a 10 os deputados que ousam votar contra o Governador do Estado, mesmo que eventual projeto acabe com direitos de todos os servidores públicos paranaenses e parte dos sonhos deles e de seus familiares e ainda aumente a insegurança no futuro, pois se isso acontecer, qualquer coisa de ruim, dali para frente pode ser ato natural. Basta apenas começar.

Espero com muita esperança poder contar com o seu bom senso e que eu possa lembrar sempre que em tal votação fatídica, seu nome esteve entre aqueles que respeitaram os servidores públicos paranaenses.
Atenciosamente,
Sérgio Luiz Maybuk
Unespar Campus de Campo Mourão
Servidor público paranaense desde junho de 1995.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

DOIS DIAS MOVIMENTADOS

Dois dias bastante intensos. Ontem 4 de fevereiro participei do primeiro dia da formatura da Unespar Campus de Campo Mourão em que o paraninfo foi o querido professor Joani Teixeira​ que fez um belo discurso. Hoje 5 de fevereiro estive na Reitoria em Paranavaí e no Campus de Paranavaí e acompanhei os trabalhos da Chefe de Gabinete Aurea Viana​ e o Reitor Antonio Carlos Aleixo​. No período da noite participei do segundo dia da formatura da Unespar Campus de Campo Mourão em que o paraninfo foi o professor Altair Casarim.