sábado, 8 de agosto de 2015

O MOMENTO POLÍTICO, A HIPROCRISIA E A FORÇA DA EXPECTATIVA NA ECONOMIA



Hoje fui fazer umas compras com o meu filho na cidade de Campo Mourão e por onde andei enfrentei filas. É evidente que numa véspera do dia dos pais, o movimento esteja grande, mas embora em menos quantidade o povo mantém-se  comprando e comprando, a meu ver temos um país economicamente falando, BEM diferente do que se apresenta especialmente nos telejornais da globo e na cada dia mais decadente, rumo à morte, revista veja.

No final do texto voltarei a tratar da economia, preciso tecer minha opinião sobre o grave momento político que estamos vivendo, graças especialmente ao papel sujo, fedido e deprimente de alguns personagens.

O Brasil atualmente está com a carga máxima de hipócritas contribuindo para uma crise política grave.

Primeiro vamos tratar dessa tal Lava Jato, totalmente parcial, partidarizada e espetaculosa. Admito de início, que boa parte do que está sendo delatado seja verdadeiro e é provável que muita gente esteja envolvida e tenha cometido crimes, INCLUSIVE  membros do PT, partido do qual sou filiado. (eu escrevi INCLUSIVE e não SOMENTE).

Pois bem, para mim todo delator é o tipo mais canalha que existe e possivelmente o mais sem escrúpulo. Se ele delata coisas de um partido, o PT por exemplo,  e isso é considerado verdadeiro e imediatamente permite-se o vazamento para a imprensa (algo que acontece pela covardia do nosso “Ministro” da justiça) e o mesmo delator fala sobre o envolvimento até os ossos do Aécio Neves com as Furnas e isso é totalmente desconsiderado (quem delatou foi o doleiro Alberto Youseff e eu assisti a gravação), que moral tem uma operação dessas? E mais, se as mesmas empresas doaram praticamente os mesmos valores para a candidata Dilma e foi considerado propina e  praticamente os mesmos valores foram doados para o candidato Aécio e considerado como doações legais de campanha, que moral tem uma operação dessas? Sem contar os métodos medievais adotados condenados inclusive pela OAB.

O juiz Sérgio Moro é o novo herói nacional, mas é só acabar a tal operação que sumirá do mapa tal qual o Joaquim justiceiro Barbosa que desapareceu depois que a globo largou dele para dar foco ao juiz. O tal magistrado pode convencer outras pessoas, mas a mim,  desculpe, não me convence.

Outra operação a todo o vapor é o tal julgamento das “pedaladas fiscais” que a presidenta Dilma cometeu (não é desvio de dinheiro e corrupção), apenas uma sistemática feita desde antes do deplorável governo FHC que quebrou o Brasil três vezes. Pois agora é possível que as contas dela sejam reprovadas por causa disso, na tentativa de se criar condições para um impeachment. Além da possibilidade da reprovação de acordo o “novo olhar das contas”, é necessário destacar que alguns dos membros do TCU são acusados de uma série de delitos inclusive o relator que já deu manifestação de que vai reprovar as contas. Aí eu pergunto,  que moral tem um tribunal desses para mudar as regras do jogo de uma hora para outra e querer derrubar uma presidenta reeleita pelo voto popular? Para mim nenhuma.

Outra operação é a do todo poderoso Eduardo Cunha, que além de ter uma ficha corrida de infindáveis processos por várias maracutaias, foi delatado e teria exigido uma propinazinha de U$ 5 milhões no Tribunal mediaval do Sergio Moro. Se o referido juiz é o herói nacional e ele é considerado implacável, então o presidente da Câmara está em maus lençóis. O procurador geral Rodrigo Janot foi reeleito e teve seu nome indicado novamente pela presidenta e vai fazer a denúncia contra o “imaculado” deputado junto ao STF. O tal deputado para chantagear e tentar escapar do processo, é quem conduzirá o processo caso as contas não sejam aprovadas e isso poderá resultar num processo de impeachment. Aí eu pergunto,  que moral tem um deputado desse naipe? Que moral tem os deputados federais que seguem a cartilha de um cidadão desses?

A presidenta Dilma pode ser turrona, se atrapalhar nas falas, demorar para  tomar decisões quando as coisas tem que ser rápidas, pode ter  nomeado um Ministro da Justiça frouxo, pode ter feito um ajuste fiscal duro para a classe trabalhadora  e ter esquecido de atacar os grandes endinheirados, mas desonesta ela não é. Até o FHC quase matou a metade dos golpistas tucanos ao afirmar que ela é honesta e honrada.

No meio de tudo isso, tem os golpistas, a começar pelo cambaleante e baladeiro Aecio Neves, mais sujo do que pau de galinheiro, quem quiser provar isso, é só dar uma chegadinha lá em Minas Gerais, terra dele, onde perdeu a eleição no próprio Estado e que a maioria do povo mineiro disse: quem não te conhece que te compre. Esse mesmo Aécio está desesperado e quer outra eleição agora, porque sabe que é sua última chance, porque o Alckmin ou o rasteiro José Serra deverá ser o candidato do PSDB  em 2018. Ele está convocando a população vestida de camisa amarela da suja CBF para dar o golpe a partir do dia 16. E dentre os comandantes da manifestação estão os carinhas do “vem para rua” que PASMEM, afirmaram que sabem da denuncia contra o Eduardo Cunha, mas seletivamente, vão poupá-lo porque o deputado mesmo sendo corrupto vai ser importante no golpe. Um espetáculo de coerência.

Diante de tudo isso tem uma rede globo desesperada perdendo expectadores dia a dia e sendo desmentida diariamente pela internet e uma revista veja também desesperada (o Grupo Abril está à beira da falência) pintando um quadro muito mais feio do que a própria realidade. Afirmando dia a dia que estamos em crise e esquecendo-se  de comparar o Brasil com países europeus como Espanha e Grécia por exemplo, que estão com níveis de desemprego altíssimos e situação desesperadora.

O professor, economista e ex-ministro da fazenda do Brasil, com seus 80 anos, muito lúcido,  Antonio Delfim Netto, deu uma belíssima entrevista para o jornal Estado de São Paulo. Fez duríssimas críticas a presidenta Dilma, mas afirmou três coisas importantes: a primeira é que querer condenar e derrubar a presidenta (a qual considera honesta) pelas tais “pedaladas fiscais” não tem outro nome a não ser golpe. A segunda é que a situação econômica do Brasil está ruim, mas longe de ser uma tragédia e a terceira é que a economia vive de expectativas, ou seja, quando todos usam a palavra crise, inclusive piorada por meio de jornalismo podre, os brasileiros estão cavando suas próprias sepulturas, porque se a idéia da crise é generalizada, ninguém investe, ninguém emprega, ninguém consome, ninguém arrecada e todos vão para o caos.           

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